O Instituto Confúcio da Universidade do Minho (ICUM) foi oficialmente estabelecido a 16 de outubro de 2006, resultado de um acordo celebrado entre a Universidade do Minho e o Hanban, Gabinete para a Difusão da Língua e Cultura Chinesas, agora denominado de Centro de Intercâmbio e Cooperação Sino-Estrangeiras de Línguas, um organismo vinculado ao Ministério da Educação da República Popular da China. Foi o primeiro Instituto Confúcio criado no espaço lusófono. No seio da UMinho, constitui o que se designa uma unidade diferenciada, resultando de uma parceria entre a Universidade e uma entidade que lhe é exterior, a República Popular da China.

Os seus objetivos contemplam a difusão da língua e cultura chinesas, a promoção do intercâmbio cultural e científico entre Portugal e a China e, enfim, o apoio ao desenvolvimento dos estudos chineses na Universidade do Minho, designadamente à oferta formativa do Departamento de Estudos Asiáticos da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas.

O ICUM tem como seu mais relevante projeto o “Ensino de Chinês nas Escolas”, o qual incide sobre várias escolas, privadas e públicas, do ensino básico ao ensino secundário, num território que se estende aos municípios de Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Lousada e Porto. Ainda no seguimento deste projeto, e assegurando a sua dimensão, em novembro de 2019, o ICUM inaugurou a Confucius Classroom no CLIP – Oporto International School, em função de uma melhoria da qualidade do ensino de chinês no aludido colégio, tal como noutras instituições de ensino do Porto.

Promove ainda, nos campi da Universidade do Minho, vários cursos livres específicos de língua e cultura chinesas e, por outro plano, aulas de Wushu Kungfu, com a colaboração da Jing-She – Escola de Wushu Kung-Fu, de Vila Nova de Famalicão.

É relevante mencionar a organização anual do “Campo de Férias na China”, o qual decorre na universidade parceira do ICUM, a Universidade de Nankai, em Tianjin. Através deste curso, os alunos têm a oportunidade de desenvolver as suas competências linguísticas e, por outro lado, conhecer melhor a realidade cultural chinesa.

Finalmente, também no plano do ensino, convirá assinalar que o ICUM não só foi pioneiro como continua a assegurar, de forma regular, em articulação com as autoridades chinesas, os exames oficiais de proficiência de língua chinesa, HSK, HSKK, YCT e BCT, tarefa cuja importância é notória e que ultrapassou já as fronteiras nacionais, tendo passado a incluir candidatos oriundos da Galiza. Por outro lado, o ICUM tem vindo a promover um conjunto de ações, nas quais se incluem conferências, workshops e exposições, em colaboração com várias entidades, não só de Braga, mas também de outras localidades do norte do país, as quais se dirigem a todo o público em geral.

O ICUM possui as suas instalações na Universidade do Minho, mais especificamente, no Edifício 5 do Campus de Gualtar, em Braga. Além disso, o ICUM utiliza ainda duas salas cedidas pela Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas (ELACH), a saber, um gabinete de trabalho, destinado a ser utilizado pelos colaboradores, e uma sala que funciona como depósito de livros e de material necessário para as atividades culturais desenvolvidas pelo ICUM.